NAVALHAR É PRECISO – MATEUS MA’CH’ADÖ [entrevista]
NAVALHAR É PRECISO – MATEUS MA’CH’ADÖ [entrevista]

NAVALHAR É PRECISO – MATEUS MA’CH’ADÖ [entrevista]

REVISTA NAVALHISTA — Ao longo do livro O Evangelho Segundo as HQs (Mondru,2025), o leitor sente como se estivesse diante de fragmentos de uma bíblia paralela, feita de quadrinhos, mitos e restos de revelação. É um texto que brinca com o sagrado e o profano. Nos diga, podemos ler essa obra como um apócrifo literário que nos alerta sobre a repetição eterna das mesmas quedas humanas?

MATEUS MA’CH’ADÖ — A Ideia era criar um texto apócrifo, baseado no Livro de Enoque, mas que estivesse conectado com os dias atuais e voltado para o futuro. Então, sim, trata-se de uma repetição, devido à queda do homem que contaminou todo o universo, mas não é uma repetição eterna, pois há um resgate, uma redenção através de Jesus Cristo, que se confirmará no seu tempo.

R. N. — Na tessitura de O Evangelho Segundo as HQs (Mondru,2025), há um choque entre tradição mística e cultura pop, como se William Blake sentasse ao lado de Stan Lee para escrever um novo Gênesis. Essa fusão pode apontar caminhos inéditos para a literatura contemporânea? ou você nos mostra apenas que todos os discursos estão condenados a reciclar os mesmos símbolos?

M. M. A relação entre Blake e Stan Lee é mais próxima do que se parece, considerando que Blake se tornou uma espécie de ícone cult da arte contemporânea; inspirou romances que se tornaram filmes de sucesso, como O Silêncio dos Inocentes e suas sequências, em especial em O Dragão Vermelho. Blake também é referência na série O Mentalista, além de influenciar bandas e cantores de rock, como The Doors e Bruce Dickinson. Em um dos episódios da animação dos X-Mens da década de 90, o mutante Noturno evangeliza a Vampira e o Wolverine, entre outros. A cena final mostra Wolverine dentro de uma igreja, de joelhos, fazendo uma oração de arrependimento. O herói messiânico Superman foi criado por dois judeus, Jerry Siegel e Joe Shuster, como uma figura alegórica de Moisés e Jesus. O nome Kal-El pode significar “Voz de D’us” ou até ser interpretado como “Filho Das Estrelas”. Sobre a ideia de que todos os discursos estarem condenados a reciclar os mesmos símbolos, bem, se há uma necessidade de reciclar ou repetir os mesmos símbolos com uma nova roupagem, significa que ainda não entendemos a mensagem dos símbolos por completo, daí a necessidade de repetição. Por outro lado, tal repetição pode ser um efeito da Torre de Babel e da corrupção da linguagem; já que a linguagem se tornou viral depois da queda e vem ganhando força com a era digital e a extrapolação da informação. Bem disse William Burroughs, que a linguagem é um vírus. Sobre a obra, O Evangelho Segundo as HQs, apontar novos caminhos para a literatura contemporânea, acho possível, ainda que como experimento. O Dr. Henry McCoy, em um documento anexado no último capítulo do livro, classifica a obra do autor de Poesia Especulativa.

R. N. — Há quem defina a literatura como um espelho partido, com os cacos refletindo um pedaço do mundo caído. Levando em conta o mundo criado no seu livro, o primeiro da sua segunda trilogia poética, O Evangelho Segundo as HQ’s (Mondru, 2025), cujos os heróis são filhos bastardos de um pecado ancestral, o que se poderia dizer sobre este mundo caído? Ainda podemos buscar sentido? A poesia pode ainda ser sacramento e espada?

M. M. A definição do espelho partido pode funcionar bem como analogia. Não creio ter criado um mundo no meu livro, não há nada novo nesse sentido, apenas escrevo o que vejo, o que sinto e o que pressinto, parafraseando o apóstolo Paulo em 1 Coríntios, 13:9 – “Em parte conhecemos e em parte profetizamos”. Em 1 João, 5:19, diz: “O mundo jaz no maligno”. A queda não é um acontecimento estagnado, a queda é um processo contínuo até chegar no auge com a manifestação do mal em sua maior potência aqui no mundo, como nunca houve antes, a isso é chamado o “tempo da grande tribulação”. Se o clima e as estruturas ambientais estão caóticos, se as forças da natureza estão em colapso, isso é porque a terra está contaminada de iniquidade, e a sua resposta é o colapso. Um dos primeiros efeitos da queda foi a ruptura da harmonia entre homem e natureza, por isso está escrito que a criação geme em dores de parto, ela tem consciência da queda e da culpa do homem (devo esclarecer, aos desavisados, que o termo “homem” aqui se refere a humanidade?). Eu exploro essa temática entre Homem e Natureza no segundo livro da trilogia – Um Bode para Adonai, outro para Azazel – Os monstros, os chamados gigantes, nasceram da relação sexual entre os “filhos de D’us” (anjos caídos) e as filhas dos homens (as mulheres pré-diluvianas), a partir daí a iniquidade, a violência e a corrupção aumentaram de tal forma que a única solução era recomeçar o mundo após o dilúvio. Esses gigantes eram seres híbridos, pois tinham a essência angelical e a terrena, um DNA híbrido e corrupto, isso levou ao surgimento daquilo que hoje é chamado de demônio, com a morte desses seres. Você só encontrará sentido ao compreender a queda e suas consequências e a redenção do homem através de Jesus Cristo. A poesia, ao ser sacramento, ela também é espada.

R. N. — Ouvimos desde de sempre que os poetas enxergam sinais antes que as massas percebam o abismo. O anúncio pode vir num verso, numa HQ, numa música, no vento ou num grafite no muro. Então fala para nós o que você acha sobre a poesia ser, hoje, uma espécie de jornal antecipado do futuro?

M. M. Sim, há uma aproximação entre poeta e profeta. Há poetas que pertencem a um ministério poético e profético, dentro do cânone judaico-cristão, fora desse contexto bíblico há os poetas oraculares, no sentido pagão. Aliás, a bíblia é um cânone literário relegado à esfera religiosa, somente, sendo desprezada como potencial literário, seja por acadêmicos, ateus ou mesmo cristãos. Escrevi um ensaio sobre o tema chamado O Principado Greco-romano e o Cânone Judaico-cristão, publicado no site da Amaité. Resgatar o cânone bíblico se faz urgente, e esse é o papel do ministério poético-profético. Agora, para a Poesia ser anúncio das coisas vindouras é necessário que o poeta tenha visão aberta para vislumbrar o futuro, mas o problema é que a maioria dos poetas contemporâneos estão muito ensimesmados, não conseguem ver além do próprio umbigo e, para piorar, não conseguem nem mesmo fazer um diagnóstico honesto do tempo presente, uma vez que grande parte deles só enxergam o mundo pela lente político-ideológica, o que é diferente de uma cosmovisão. Poetas engessados ideologicamente sofrem de paralaxe cognitiva, são como cobaias girando a roda em sua gaiola. Infelizmente, o poeta contemporâneo, salvo exceções, tem se tornado um Pet; são selfiados, bem alimentados, sempre de acordo com o seu grupo de estimação, confortáveis com sua qualidade de vida e sua imagem nas redes, sempre esperando aprovação como o animalzinho ansioso pelo petisco, são limpinhos e politicamente corretos e sim, as vacinas estão sempre em dia como os seus discursos cheios de afetação e frases feitas. Se isso é ser poeta, então prefiro ser chamado de anti-poeta. Prefiro ser a escória.

R. N. — A literatura dita “apocalíptica” sempre anunciou trombetas, mas os ouvidos humanos parecem sempre entretidos demais com ruídos triviais. Talvez falte silêncio ou sobre barulho interrompendo o chamado. Quando as cornetas do Apocalipse serão dignas de serem ouvidas?

M. M. A função das trombetas é justamente fazer barulho, para os distraídos com ruídos triviais, os que estão dormindo ou distantes. Esse barulho da trombeta é um chamado para o ser humano voltar-se para D’us, é um chamado para o arrependimento, para a redenção, para fazer Tsedaká, que são as obras de justiça; porque se você pode ajudar alguém, fazendo o bem, então ajude, é um dever, mas também uma escolha. O som das trombetas é também um chamado para a guerra contra o nosso ego, para a guerra mental; a mente é o atual campo de batalha, ainda mais nos dias em que somos controlados por algoritmos, é um chamado para a guerra espiritual contra os principados desse mundo. Todo o ruído que estiver fora disso é só barulho trivial, para distrair, confundir, manipular, destruir e matar e, nesse caso, o silêncio interno é a grande arma para calar os ruídos que contaminaram a nossa mente e o nosso coração. É no silêncio que conseguimos ouvir a voz do Espírito Santo. As trombetas do apocalipse serão dignas de serem ouvidas quando o coração humano se arrepender, pois não há nada mais enganoso que o nosso coração. Quando deixarmos de sermos guiados pelo nosso orgulho e nossa rebeldia, deixaremos de ser vasos de vergonha e nos tornaremos vasos de honra.

R. N. — No mito da caverna de Platão e os painéis de uma HQ, o que vemos são sombras que acreditamos ser realidade. Qual a sua leitura sobre a literatura ser o único lugar onde a sombra confessa ser sombra? O mundo já se perdeu na própria fabulação ou ainda há um fio de verdade nas histórias que contamos a nós mesmos?

M. M. Em Platão há separação entre o mundo material e o espiritual (sombra e realidade), na cosmovisão judaico-cristã não há separação. As sombras aqui são promessas do que virá, são projeções da realidade última, a realidade espiritual; os mundos estão interligados. Infelizmente, muito da teologia cristã é influenciada pelo pensamento platônico. O livro A Quarta Dimensão, de Paul Yonggi Cho, é muito interessante pois traz o entendimento da imaginação divina criando na esfera espiritual para depois se manifestar na esfera terrena, e nós podemos participar desse processo criativo. A matéria prima da literatura é linguagem escrita, antes oral, trabalhamos com a fonte. A literatura tem muitos papéis, identificar e trabalhar as nossas sombras de ilusão é apenas um desses papéis. O mundo se perdeu de muitas formas, em muitos níveis. Há verdades onde há histórias dispostas a falarem sobre a verdade. Pode o papiro crescer em outro lugar, a não ser no pântano?

R. N. — Toda narrativa, seja bíblica, sagrada ou em balões de fala coloridos, lida com monstros internos. O que chamamos de vilão talvez seja só a tradução gráfica do medo. Conte-nos, você acredita que a literatura, ao nomear monstros, realmente os enfraquece ou apenas os embeleza?

M. M. Há um fenômeno de embelezamento, de gourmetização do mal, daquilo que é feio, como uma forma de reintegra-lo, de justifica-lo, e uma das maneiras mais eficazes é colocando o rótulo de “arte”, ao mesmo tempo em que se relativiza o conceito para atender as demandas do mercado e do próprio establishment. Trata-se de um fenômeno moderno e isso fica muito claro nos movimentos artísticos desde meados do século XX até os dias atuais; galerias de arte se tornaram circo de horrores, mas isso é também um reflexo das contradições do homem moderno, do vazio existencial diante do que ele não consegue responder e tampouco controlar, a partir disso a revolta e o orgulho são gerados em seu coração. Por que a Beleza Importa? – Why Beauty Matters? – É um livro de Roger Scruton que tenta explicar esse fenômeno que contaminou todas as esferas da sociedade. Monstros internos nascem da nossa inclinação para o mal; inclinação inerente a todo ser humano. O medo existe porque existe o que se temer. A literatura, como qualquer outra expressão artística, pode tanto enfraquecer os monstros, ao revela-los, quanto pode embeleza-los e, nesse caso, um abismo chamará outro abismo.

R. N. — A crítica social nos quadrinhos e nos poemas abre espaço para heróis e anti-heróis, mas no fim tudo retorna ao humano demasiadamente humano. Compartilhe conosco se para você a literatura tem força para revelar o anti-herói em cada leitor, ou ela apenas mascara nossa própria queda?

M. M. A crítica social sempre estará voltada para o ser humano, por exemplo, a família é a célula social; uma sociedade que tenta redefinir e descaracterizar a família do seu plano original, é uma sociedade fadada ao fracasso e à dissolução em médio e longo prazo. Cada um pode se identificar com seus personagens, sejam heróis ou anti-heróis, e isso pode revelar muito de cada indivíduo; a literatura tem esse poder de espelhamento. Você pode ser aquilo que veste, a máscara que você usa é a sua persona, é como você se mostra ao mundo. Mas não há nada que possa mascarar a queda do homem, a sua corrupção e a sua miséria, pois do pó veio e ao pó retornará, por isso a mensagem do evangelho de Cristo, do novo nascimento, fala sobre negar a si mesmo, isso significa renunciar ao mal, e isso começa sobrepujando o próprio ego. É uma mensagem de amor através do confronto. Jesus não é fofo.

R. N. — Do mito de Prometeu ao ciborgue contemporâneo, a relação entre homem e técnica sempre foi contada como tragédia. O texto literário talvez seja nossa última proteção contra a máquina. Aponte seus argumentos e fale aí o que você acha sobre a literatura servir como exorcismo contra a possessão tecnológica que domina a mente humana?

M. M. Sim, o homem é um ser trágico, e ele pode escolher continuar vivendo essa tragédia até o fim da vida, caso rejeite o caminho da redenção. O texto literário por si é apenas palavra morta, é preciso que o texto seja insuflado com o sopro de vida, ainda que o texto seja apenas anímico. Evoluímos em tecnologia, mas as nossas relações humanas se degradam a cada dia. Muitos levantam bandeiras de hipocrisia, dizem lutar por justiça e igualdade, defendem causas sociais, mas suas vidas pessoais são miseráveis, não conseguem conviver bem com vizinhos, colegas de trabalho ou familiares. A literatura feita com transpiração e inspiração pode ser um oásis em meio a dinâmica digital, se os autores não forem seduzidos pelas tentações da facilidade trazidas pelas IAs, por exemplo. Para exorcizar qualquer entidade trevosa é preciso ter autoridade espiritual, sem autoridade na esfera espiritual não há como expulsar o mal. E a possessão tecnológica já é uma realidade, não apenas de dominação da alma humana (mente e coração), mas também estamos falando de hardware e software como receptáculos de entidades trevosas, corpos eletrônicos possuídos por espíritos malignos. A possessão continua sendo espiritual, mas dessa vez através de elementos tecnológicos. Computadores quânticos captam e processam informações de dimensões sutis (quânticas), magia e tecnologia são como partículas de emaranhamento quântico; alguém aí se lembra das Caixas Maternas no filme Liga da Justiça? São computadores vivos. Muitos heróis da cultura pop trabalham com esses dois elementos, magia e ciência (tecnologia), o Dr. Estranho também é um exemplo ou, se preferir, pense no casal romântico Visão e Feiticeira Escarlate, é o casamento perfeito entre magia e tecnologia. E a Equação Anti-Vida? Acredite, é mais real do que você pode imaginar. O Evangelho Segundo as HQs trata de tudo isso.

R. N. — Em O Evangelho Segundo as HQs (Mondru, 2025) a poesia se mistura ao apocalipse, os super-heróis são metáforas de anjos caídos, e a tecnologia se confunde com possessão. Parece que os versos são uma liturgia sombria. Como você interpreta esse livro? é uma escritura poética para o nosso tempo ou uma sátira que denuncia a falência dos símbolos contemporâneos?

M. M. Bem, quero apenas ressaltar que o termo “apocalipse” está definitivamente ligado ao livro de Apocalipse, ou Revelação, que é o último livro bíblico, ou seja, não se trata apenas de uma metáfora ou de um termo genérico, mas de um livro que tem correspondência com outros livros bíblicos, como os livros dos profetas, apontando para o fim de uma era, do mundo como o conhecemos. Os personagens das HQs, os heróis como os conhecemos são, no geral, humanos modificados, seja por um acidente ou por intencionalidade, por exemplo é o caso do cientista Bruce Banner que, depois de sofrer um acidente em seu laboratório, transformou-se no Hulk. Temos o Capitão América, nascido de um experimento intencional para se produzir super soldados, Há aqueles que nasceram já modificados, como é o caso dos mutantes dos X-mens, ou então são extraterrenos como o Superman, e ainda há o renascimento dos deuses mitológicos, o deus nórdico Thor, Mulher Maravilha ou Diana, deusa romana que na mitologia grega é a deusa da caça Ártemis, Aquaman é uma referência ao deus Poseidon, e há aqueles heróis que são tratados como deuses “fictícios”, seriam os “filhos das estrelas” ou “os filhos de D’us”, que é uma expressão bíblica para uma certa hierarquia de anjos ou seres espirituais. Uma outra categoria bem interessante e muito atual é aquela que une homem e máquina, representados pelo Homem de Ferro e mais ainda pelo Ciborgue, isso nos remete ao transhumanismo, tema cada vez mais vigente. Todas essas categorias podem ser relacionadas aos anjos caídos ou aos filhos desses seres com os humanos, que são os gigantes, seres híbridos. Ao meu ver, o mais interessante desses personagens, por ser humano demasiadamente humano, é o Bruce Wayne, na pele do Batman, um herói que é movido pela vingança obsessiva, que é o sentido de justiça corrompido, e pelo sentimento de culpa, aí está a sua tragédia. O personagem, na versão de Zack Snyder, beira a perfeição, pois ele é tratado como um profeta do apocalipse, com visões do futuro e, surpreendentemente, não está mais sendo motivado pela vingança, mas pela fé. O Evangelho Segundo as HQs trata-se de uma metáfora profética, se considerarmos que há uma repetição nesse sentido, do que aconteceu na era pré-diluviana está para acontecer no final de nossa era, no final do mundo como o conhecemos. No evangelho de Mateus 24: 37-39, o chamado sermão profético do princípio das dores, que faz parte da exortação do Sermão da Montanha, Jesus diz: “Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Pois assim como nos dias anteriores ao Dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o Dilúvio e levou todos” – A minha interpretação pessoal de O Evangelho Segundo as HQs, está relacionada com o chamado princípios das dores, todo os elementos do livro são sinais ou sintomas do nosso tempo, não há nada mais contemporâneo que isso. É sim uma escrita poética, com a sua dose de sátira, aquele mesmo sarcasmo do profeta Elias ao perguntar aos profetas de Jezabel se o deus Baal estava meditando, dormindo ou planejando alguma viagem. O deus da iniquidade moderna será derrotado no seu tempo, até lá, estaremos diante dos principados dessa era. Quem tem ouvidos, ouça!


Mateus Ma'ch'adö

Mateus Ma’ch’adö é antipoeta, escritor e ensaísta, formado em gestão ambiental pela Faculdade Prof. Luís Rosa (Jundiaí). Em 1997 foi cofundador e diretor de cultura da AEPTI (Associação dos Escritores, Poetas e Trovadores de Itatiba-SP). Participou em antologias e na revista literária Beatrizos (Argentina), vencedor de prêmios literários, entre eles, Ocho Venado (México), e um dos finalistas do Mapa Cultural Paulista (edição 2002). Entre 2017 e 2018, foi aluno de música clássica indiana com o citarista, escritor, tradutor e poeta Alberto Marsicano. Autor dos livros publicados Origami de metal (poemas, Editora Pontes, 2005), com prefácio do poeta Thiago de Mello; A mulher vestida de sol (poemas, Editora Íbis Líbris, 2007); A beleza de todas as coisas (poemas, Editora Íbis Líbris, 2013), com prefácio de Alberto Marsicano, onde finalizou sua primeira etapa como anti-poeta; As hienas de Rimbaud (romance, Editora Desconcertos, 2018); 17 de junho de 1904 — O Dia que não amanheceu (ensaio, Editora Caravana, 2022), sobre a obra do escritor irlandês James Joyce, e Nerval (poemas, Editora Caravana, 2022), um livro de transição. Em 2023, iniciando uma nova fase no seu trabalho, publicou o primeiro livro da trilogia Poiesis Religare, intitulado YHVH, pela UICLAP, através de autopublicação. Agora, em 2025, está publicando o novo livro de poemas O Evangelho segundo as HQs, pela Editora Mondru, iniciando a sua segunda trilogia poética. Atualmente está finalizando o livro Um bode para Adonai — outro para Azazel. É autor do canal de literatura Biblioteca D Babel no YouTube.

2 comentários

  1. Léo Mittaraquis

    Entrevista das mais significativas. Tanto as questões postas pela revista, como as respostas do entrevistado, Mateus Ma’ch’adö, alcançam a alta magnitude, ao abordar o tema geral, o livro mesmo, e ao inserir implicações essenciais relacionadas a perspectivas, percepções, discernimentos, manifestados pelo anti-poeta ao apresentar e explicar sua produção, seu discurso em forma e conteúdo.
    O espaço concedido pela revista, fundamentado em perguntas e respostas pertinentes, produz a massa crítica necessária para ampliar o alcance da obra.

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